quinta-feira, 13 de novembro de 2008

Uma Outra face.


As putas que me perdoem, mas descrição é fundamental. Principalmente em uma sociedade pautada numa liberdade contida e numa moral tão variável e volátil quanto o humor de uma esquizofrênica. Pois então, a hipocrisia social é necessária por uma serie de fatores, mas eu destaco a multipolaridade da nossa conduta diante da diversidade como fator primogênito para construção de uma sociedade de atos promíscuos e obscuros. Seja em relação à política ou à própria luxuria, as ações obscuras, ou seja, obscenas e não-pudicas, movem-se constantemente e fazem parte de uma característica essencial para a vida social: a sacanagem.
Obviamente, a descrição lastra o bote para não derramar o leite desnecessariamente, porém todos bebem dele e se lambuzam. Como posso disser? A mente é uma caixa de pandora e se aberta, a sociedade sucumbiria rapidamente. Imagine se pudéssemos, como por uma evolução provocada ou não pelo gordinho que tudo ver, ler a mente um do outro. Provavelmente não teríamos uma sociedade, mas, uma raça de solitários nômades.
Como todo humano, enxergo coisas que meu cérebro, racionalmente, ignora para preservação do plano de fundo astral dos meus semelhantes, mas como toda construção histórica social tem sua própria negação embutida em sua gênese, as falácias brotam e crescem como se oriunda do anjo traidor. Mas como não ri da desgraça dos outros é não ri da própria curiosidade sentimental, somos assim, fofoqueiros por nascimento e hereditariedade evolutiva, ou não são sapecas os macacos?
Como eu rirei de todos que rirem desse texto, meu primeiro com base irônica, não finjas agradecimentos ao bom escritor, bom no sentido subjetivo. É evidente meu amadorismo em relação ao assunto, contudo como o pássaro apenas voa quando jogado ao precipício, estou a sentir o frio na barriga uma leve excitação. Todos sabem: finjas o quanto poder e ascenderá ou digas a verdade e permanecerás onde estás, pois é esse, variavelmente o lema da sociedade obscura.

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