domingo, 10 de maio de 2009

Minha desastrada volta!!!

Estou voltando!!!
A partir de Hoje dedicarei um tempo do meu curto dia para enriquecer e prosperar esse blog.
Espero que gostem!

É Dia Das Mães, como se todos os dias não fosse, mas como vivemos para o consumo, comprem e alimentem o leão! Não é hora de discernir sobre isso. Acordei mal humorado e decidi que hoje é dia do contra, Então estou feliz. As contas estão pagas. A minha saúde está perfeita e as pessoas seguem a risca o conselho do Senhor: “amai-vos uns aos outros”. AHHH desculpem o sono, é que as dúvidas são muitas e as respostas são poucas, isso nos proporciona um sono típico dos efeitos da mosca africana, porém, com a diferença de ser um sono social e não físico. Mas também não é hora de discutir isso. Como hoje não é dia a favor, pretendo falar sobre banalidades. Procurei uma piada para postar, ai está:

Por que demiti meu estagiário.

Era meu aniversário de 37 anos, meu humor não estava lá essas coisas.
Naquela manhã, ao acordar dirigi-me à copa para tomar café na expectativa de que meu marido dissesse:
"Feliz aniversário,querida". Mas ele não disse nem bom dia...
Aí pensei: "Esse é o homem que eu mereço!"
Mas continuei a imaginar: "As crianças certamente lembrarão".
Quando elas chegaram para o café não disseram nem uma palavra.
Saí bastante desanimada, mas me senti um pouco melhor quando entrei no Fórum e meu estagiário, disse:
- Bom dia Dra, Feliz Aniversário !
Finalmente alguém havia lembrado. Trabalhei até o meio dia, quando o estagiário entrou na minha sala dizendo:
- Sabe Dra Promotora. .. Está um dia lindo lá fora, e já que é o dia do seu aniversário, podemos almoçar juntos, só a senhora e eu.
Fomos a um lugar bastante reservado. Nos divertimos muito, e no caminho de volta ele sugeriu:
- Dra,! com esse dia tão lindo, acho que não devemos voltar ao Fórum.
Vamos até o meu apartamento, e lá tomaremos um drinque..
Fomos então para o apartamento dele, e enquanto eu saboreava um Martini ele disse:
- Se não se importa eu vou até o meu quarto vestir uma roupa mais confortável.
- Tudo bem, respondi. Fique à vontade. Decorridos mais ou menos cinco minutos, ele saiu do quarto carregando um bolo enorme, seguido de meu marido, meus filhos, amigas e todo o pessoal do
Fórum...
Todos cantando, "Parabéns Para Você".
E LÁ ESTAVA EU, NUA, SEM SUTIÃ NEM CALCINHA, SENTADA NO SOFÁ DA SALA..."
Feliz Dia das Mães!!!


Falando em banalidades, não há coisa mais engraçada do que assistir os jornais da TV. Há sempre um ar de serenidade e erudição, as noticias são intercaladas entre boas e ruins para não desanimar o alegre trabalhador brasileiro, quando está acordado, pois as notícias do futebol e do RONALDO! Ficam quase no final. “No final das contas, tudo é uma piada!” dizia Charles Chaplin. Principalmente se falamos de política e dos Governos. Ai é tudo muito exagerado: As caras-de-pau, os gastos, a negligência Pública tanto deles como nossa, as falcatruas cinematográficas, ou seja, a NOSSA democracia é uma alegoria carnavalesca, uma festa das mais caras. Não queria falar do estado mais isso sim é necessário. Como disse Nietzsche, ou melhor, Zaratustra: “Denomina-se Estado o mais frio dos monstros. Mente também friamente, e eis que mentira surge da sua boca: Eu, o Estado, Sou o povo”. HAHAHA, Então ou o estado é falido, pois nada funciona, ou o povo é falido, o que mais se encaixa com o cenário? Como hoje é dia das Mães e da Família vou descrever assim: O Estado é casado com o Capital (uma relação Homossexual) e para viverem em harmonia, adotaram o povo. Com medo do crescimento do Povo, Os Pais decidiram não educar, não proteger, não assistir o Povo e ele cresceu burro e dependente, portanto quem é falido?Acho que é mais ou menos isso. Outra piadinha:

Democracia


Pai, o que é democracia? - Pergunta o garoto de 4 anos. –
Como explicar democracia para uma criança, mas, vamos lá. - É um sistema, uma forma de governo, no qual, para que funcione bem é preciso que cada grupo, cada classe social tenha o seu papel claramente definido.

Tomamos como exemplo a nossa família. Eu tenho a minha fábrica, vendo os meus produtos e entrego o dinheiro para sua mãe. Portanto represento o capitalismo. Sua mãe que recebe o dinheiro paga todas as contas: Supermercado, açougue, escola, tudo. Representa portanto o governo. A Maria trabalha nesta casa há anos. É ela que faz a comida, lava, passa, faz a limpeza. Portanto ela representa a classe operária. Você garoto que já está na escola representa a classe estudantil. Seu irmãozinho que ainda é um bebê representa o futuro.

Na madrugada seguinte o garoto acordou com o irmãozinho berrando.

Aproximou-se de berço e percebeu que o pequeno tava cagado.

Foi ao quarto da mãe chamá-la mas a mesma tava dormindo profundamente e o pai não tava lá. Foi chamar a Maria e o pai tava lá metendo ferro na empregada. Voltou-se na ponta dos pés, entrou debaixo das cobertas, tapou os ouvidos e dormiu.

Na hora do café da manhã disse para o pai: Entendí o que é democracia! . - Muito bem, então me conta. - É assim: Enquanto o governo dorme, o capitalismo vai fudendo a classe operária, a classe estudantil fica perdida sem saber o que fazer e o futuro padece todo cagado!



Bom, ontem começou o campeonato brasileiro de futebol (nessa mesma hora o alegre trabalhador acorda), 3 jogos. Hoje nada mudou na F1: Barrichello (representante do País Subdesenvolvido) chega pertinho do companheiro Button (Inglês, Desenvolvido), mas não vence, e adivinha, Não ganhou por que usou a estratégia errada. HIHIHI parece familiar. Como os seriados americanos da vida nos ensinam, há uma ligação no que acontece aqui e ali, mas estamos cegos para enxerga.

>>>Aqui termina o jornal nacional, tenham uma péssima noite e um bucólico começo de semana pois sua mãe provavelmente não gostou do seu presente, e vai infernizar seu pai, que por sua vez vai encher a cara de Cana e manda todos para bem longe.
>>>Boa noite Fátima
>>>Boa noite William.

terça-feira, 16 de dezembro de 2008

“Mês do fim momentâneo da amnésia coletiva”


Há algo de místico no mês de dezembro. Parece que a hipocrisia aflora amável e angelical dos poros dos homens. Todos ficam mansos (ou mais mansos que o habitual) com as vozes roucas e atenciosas, muito diferente da paranóia esquizofrênica a qual vivemos. Não sei não, mas algo de sinistro se esconde neste mês fatídico e confuso. Não é difícil perceber a diferença. Quando dezembro abre as portas e a contagem regressiva para o final do ano se inicia, parece-me que o ar carregado e poluído, tanto de carboníferos quanto de aflições, perde a densidade e a tonalidade deixando-nos mais leves. Pelo menos eu sinto isso. A gigantesca incoerência entre a aparência e essência diminui, ou mesmo se alinha alguns instantes. Instantes estes que nos lembramos dos fatos que esquecemos o resto do ano. Por isso, rotulo o mês final do ano de “Mês do fim momentâneo da amnésia coletiva”. Não culpo a sociedade por essa amnésia mediada como não se pode condenar um homem ao reprimir algo que o aflige. É obvio que a sociedade também tem seu inconsciente onde se podem jogar todos os males sociais e esquecê-los ate a conveniência ou a consciência permitir reprimir. É um sistema de autodefesa que Freud percebeu no homem, e eu acho que se exprime coletivamente de forma espontânea. Entretanto com um efeito colateral diverso e também coletivo: o pleno atuar em prol do bem estar. Obviamente, discordo em relação à banalização das “aparências” sociais, ou teatro da realidade onde um ato de benevolência é feito em função da mascara e aceitação social ou mesmo religiosa e moral. Há, neste ponto, um embaraço coletivo em relação aos erros e descaminhos da civilização. É uma sensação semelhante à sentida ao colocar pessoas que juraram guardar segredo numa mesma sala: pode-se discutir acerca de vários assuntos, mas o segredo paira na mente de todos provocando ansiedade e constrangimento. A ironia é inevitável, pois, grande parte das pessoas, instituições, ong´s etc que mergulham na caridade fazem parte, direta ou indiretamente, dos grupos que provocam o mal estar a qual aquelas lutam. É um ciclo infinito de produção e reprodução da hipocrisia, do mal estar, da amnésia e antídoto momentâneo e bem estar individualista, onde dezembro funciona como divisor de águas entre a lembrança e o esquecimento social.

sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

O homem é um ser fantástico e único.


Estamos no meio do Boom da informação. E esse Boom tem como efeito sonoro e visual algo semelhante às bombas de Hiroxima e Nagasaki. Alias, se essas ogivas fossem detonadas hoje, provavelmente seria transmitido via satélite para todo mundo, com direito a rodas de discussões com especialista em armamentos bélicos; sociólogos prevendo o impacto social no lugar e no mundo; economistas prevendo oscilações financeiras; historiadores analisando e dividindo tudo em antes e depois do fato; filósofos, psiquiatras, médicos, advogados, operários e anônimos temerosos em relação ao futuro da humanidade. Obviamente, com um resumo integro e analítico no final de semana, cheio de emoção, enredo, trilha sonora, arrumado como se as câmeras já houvessem previsto o acontecido e se armado de tal modo a registrar os melhores ângulos da explosão e pegar o detalhe da feição do japonês antes de ser desintegrado pelo cogumelo radioativo. Ou seja, tudo recheado pelo “bom” e “conscientizador” sensacionalismo contemporâneo.


Não quero fazer apologia contra tudo, pois como tenho o mínimo de consciência e vejo essa situação como um Bem da historia da humanidade, por isso tento enxerga a fantástica base teatral e dramaturga na grade. Tal como uma peça ou um espetáculo, tudo é milimetricamente estudado: as falas, as feições, o tom de voz e a lágrima em momentos emotivos, até as improvisações são arquitetadas para que o público, ao vê-lo, “maquina cultural” girando, assemelhe tudo à perfeição. Tudo fora idealizado pelo diretor: desde o vestido à emoção a espalhar-se. Aos que freqüentam o teatro, não estranhe as semelhanças. Tal cuidado, aos moldes da moral religiosa e social, é necessário devido ao caráter, não explicitado logicamente, especulativo devido à manipulação aos interesses maiores da nata. Aos atores, diretores e escritores, não se ofendam com a analogia, pois sei a diferença entre arte e artificialidade.


Por tanto, alerto para o caráter corrosivo da informação que, por mais que aparente inocência e benevolência, há longo prazo torna-se um mal irremediável. Como se fossemos engolindo pequenas quantidades de radiação e, sem perceber, nos tornando mutações ambulantes. À mercê de um antídoto imediato, entretanto, fatal para a vida: a ignorância cívica. A ignorância consciente, provavelmente resultado do homo Sapiens Sapiens, pois é por sabermos que sabemos que somos tão ego centrista, aliada a condição atual de submissão sistêmica constrói o tal homem pós-moderno, ou seja, o homem ignorante que sabe que é manipulado, explorado, alienado, mas convive muito bem com isso. Afinal, agradeçamos, estamos domados, mansos e felizes pelo pouco que recebemos: o homem é mesmo um ser fantástico e único.

quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

Vícios lícitos.


Não tenho um ouvido absoluto, pelo contrario, provavelmente tenho uma boa porcentagem de surdez iminente. Mas não ligo. Tudo em prol da boa música. Obviamente a minha surdez é proporcionada pelos decibéis que agridem meus tímpanos diariamente. Eu sei da maledicência desse habito, porém, como todos temos vícios que agridem o organismo, o meu é o fone de ouvido bem alto.
Como uma droga, os acordes, as vozes, a guitarra, o baixo, as letras maliciosas, ousadas modernas e antigas são os ingredientes do entorpecente que me alucina, me contagia, me torna eufórico e elétrico. E, como todo viciado, tenho abstinência compulsiva. Não passo nenhum dia sem escutar belos acordes e canções. Começo suar, ficar agitado; gestos impensados são rotineiros. Nada como a voz rouca de Amarante, a Desfaçatez de Elis Regina, a ironia de Chico Buarque, o originalidade de Bob Dylan, a ousadia dos Beatles ou a as musicas bêbadas dos Strokes. Tudo isso me alucina. Um coquetel surreal e psicodélico de musicas é meu vicio pernicioso.
Mesmo assim, acho meu vicio incompleto, pois, no auge dos vinte e um anos não sei tocar nenhum instrumento. Sou um tipo analfabeto, que sabe, entende e difere o bom do mau som, mas que não sabe produzi-lo. É uma falta que pretendo cobrir um dia. Quando? Não sei. Tenho paciência, perspicácia e ousadia suficiente para começar quando der vontade, entretanto, meu pecado mais latente me condiciona: a preguiça. É interessante, mas se pudesse usar o artifício do ócio acadêmico para sempre, eu o usaria. Alias, tenho outro vicio: ler. Esse num grau menor, porem, às vezes me pego com uma vontade incessante de iniciar uma leitura despretensiosa, não as leituras mediadas pela academia, mas uma leitura simples, filosófica, literária, romântica ou mesmo agressiva versus natural como Nelson Rodrigues.
De certo modo, os vícios são inerentes, como diz um amigo. Estalam-se em nossa essência e espírito tornando-se um residente. Minha alma é escrava da essência materialista do homem, mas um dia a matéria acaba, ou melhor, se transforma. E a alma? Flutua pelas canções ruma a uma eternidade livre de culpa e nostalgia.

sábado, 29 de novembro de 2008

Uma inverdade conveniente.

Cada caminhada pelas ruas desta cidade deixa mais convicta minha sensação de estado caótico a qual encenamos nosso cotidiano. Não que já houvera paz entre os homens. Pelo contrario, nossa história é uma grande narrativa épica de guerras, revoluções, conflitos banhados com sangue e violência desmedida. Mas, há um fenômeno latente entre nós ultimamente: as aparências.

Não é segredo discorrer sobre as varias fases da paisagem social e deparar-se com contradições inimagináveis. Porém, a própria discrição esconde a vontade e descobrir o obvio: somos essencialmente egoístas, manipuladores, mentirosos, ego centristas e adoramos os atos ilícitos, mesmo nunca demonstrando tal afinidade. Mas não se preocupem, não estou destruindo os heróis altruístas que vem na bondade a saída para os problemas da sociedade. Na verdade eles existem, entretanto, não são humanos, pelo menos os humanos tradicionais, cheio de sentimentalismos e irracionalidades. Estes são humanos novos ao qual privilegiam os outros ao invés de si. Caso não tenha percebido, essa é uma evolução (se é que é) da raça que contradiz o espírito de extinto animal de sobrevivência e pões-se em risco pelos outros. Como diriam os escritores modernos: “essa raça é uma evolução oriunda da atividade social moderna que é rápida e tende a acelerar até o sistema natural das coisas”. Sendo assim, a raça natural humana, ou seja, a ainda majoritária é vulnerável e tende a se esconder atrás de máscaras sociais.

Portanto, o conjunto dessas máscaras difundidas constrói uma sociedade que não é o que aparenta ser. Não somos iguais. Não temos os mesmos direitos. Não somos bonzinhos. O estado não para o a povo. A polícia não é para nos proteger. Não somos livres. Não somos organizados. Não somos religiosos. Não somos inteligentes. Não somos racionais. Stephen king já nos colocou em um frenesi onde o extinto sobrepuja as leis e as ordens, e o resultado é a loucura pura e simples. Tirem as mascaras e soltem os animais, pois é o que somos. A nossa organização exige como colágeno a nossa hipocrisia. Somos a sociedade, e quando ela mostra sua fase caótica e animalesca, é quando esquecemos as aparências e voltamos a ser humanos.

quinta-feira, 13 de novembro de 2008

Uma Outra face.


As putas que me perdoem, mas descrição é fundamental. Principalmente em uma sociedade pautada numa liberdade contida e numa moral tão variável e volátil quanto o humor de uma esquizofrênica. Pois então, a hipocrisia social é necessária por uma serie de fatores, mas eu destaco a multipolaridade da nossa conduta diante da diversidade como fator primogênito para construção de uma sociedade de atos promíscuos e obscuros. Seja em relação à política ou à própria luxuria, as ações obscuras, ou seja, obscenas e não-pudicas, movem-se constantemente e fazem parte de uma característica essencial para a vida social: a sacanagem.
Obviamente, a descrição lastra o bote para não derramar o leite desnecessariamente, porém todos bebem dele e se lambuzam. Como posso disser? A mente é uma caixa de pandora e se aberta, a sociedade sucumbiria rapidamente. Imagine se pudéssemos, como por uma evolução provocada ou não pelo gordinho que tudo ver, ler a mente um do outro. Provavelmente não teríamos uma sociedade, mas, uma raça de solitários nômades.
Como todo humano, enxergo coisas que meu cérebro, racionalmente, ignora para preservação do plano de fundo astral dos meus semelhantes, mas como toda construção histórica social tem sua própria negação embutida em sua gênese, as falácias brotam e crescem como se oriunda do anjo traidor. Mas como não ri da desgraça dos outros é não ri da própria curiosidade sentimental, somos assim, fofoqueiros por nascimento e hereditariedade evolutiva, ou não são sapecas os macacos?
Como eu rirei de todos que rirem desse texto, meu primeiro com base irônica, não finjas agradecimentos ao bom escritor, bom no sentido subjetivo. É evidente meu amadorismo em relação ao assunto, contudo como o pássaro apenas voa quando jogado ao precipício, estou a sentir o frio na barriga uma leve excitação. Todos sabem: finjas o quanto poder e ascenderá ou digas a verdade e permanecerás onde estás, pois é esse, variavelmente o lema da sociedade obscura.

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

Não há lugar como nosso lar.


Com certeza, as narrativas épicas de conquista como as da antiguidade clássica no livro de Homero; a ambição desenfreada de Alexandre o grande, Napoleão Bonaparte, Adolf Hitler e todos os imperadores romanos nos dão idéia de longevidade do espírito de dominação humano diante dos fracos ou indefesos. Na realidade é evidente que esta sede por poder esta impregnada no espírito humano, pois, quando a Europa ainda nem almejava a riqueza America que tanto a desenvolveu, aqui neste solo já havia impérios com características semelhantes, no que diz respeito à estrutura política de conquista de território, englobando tribos menores, fazendo escravos e construindo cidades com a arquitetônica que iludisse um império forte e indestrutível. Portanto, o espírito de conquista, as estratégias intelectuais e materiais que as Legitimam e as agressividades militaristas constituem um dos maiores clichês da humanidade.
Atualmente, o grande conquistador é o Estado-nação e o território a conquistar é o Mundo. Obviamente, estabelecer o cenário atual é mais complexo do que séculos atrás devido ao grande numero de atores e suas interdependências. Porém, identificar o antagonista e a vitimas não requer grande esforço, pois o grande capital é exibicionista e o povo é grande demais para esconder suas feridas.
A idéia de uma aldeia global onde são expurgados os regionalismos, ou seja, características de um determinado espaço, para a construção de um caráter único de estilo de vida não é aceita de forma passiva. Pelo contrario, existem resistências continuas que o capital internacional enfrenta em cada parte da terra. Ou seja, a tal falada globalização, que Haesbaert ironiza ao dizer que a palavra é mais popular que a idéia, é imposta continuamente através da diplomacia estatal capitalista ou mesmo pela guerra. O fato é que a mundialização, como diriam os franceses, é uma batalha entre a estrutura mundo contra o lugar, ou seja, a destruição do patriotismo, nacionalismo do apego ao lugar para ascensão do orgulho terreno.
O que falta para legitimar a constituição desse panorama mundial é simplesmente uma injeção de afetividade, pois, os que defensores não escondem o caráter economicista do projeto aliado à concentração econômica e política. Não há como cobrir o abismo social e econômico produzido pela globalização, ou seja, nunca houve tanta pobreza, violência, desemprego, desequilíbrio e dependência nos bastidores do cenário global. Na verdade há muito mais tumulto no mundo do que enxergamos diariamente, pois a mídia é manipulada de tal forma a iludir a realidade, ou seja, deformar a visão do cidadão.
Não há nada nesse texto que eu já não disse ou outro disse. Mas nele quero demonstra minha repugnância ao capitalismo, à globalização e aos cidadãos do consumo. Não há outra conduta se não a de ghandi, ou seja, paulatinamente deve-se atacar o sistema através da simples inércia. Sem dúvida, precisamos urgentemente do princípio do satyagraha (ou “caminho da verdade”), pois conhecendo o todo podemos atacá-lo de forma eficaz e fatal. Não tenho partido político, religião, credo e sei das minhas imperfeições, dos meus defeitos e que todos somos um pouco hipócritas, aliás, a sociedade o é. Porém, não há lugar como nosso lar, por mais desconfortável e obscuro que ele seja.